16 de set. de 2014

Malemolência

Como ninguém segura o vento, eu te disse, como rotular algo esgota o significado, gostaria de ter dito. Mais Gilda que nunca, pontuaram, perceberam. Poderia dançar horas com você, fazia sentido. Não precisava de música, ainda estava de preto, mas luto nenhum, você ainda podia ver através de mim. Se houvesse paralelos chamaria "Destino" tal encontro. Você me tocou. Você me mudou. E despiu, com seus olhinhos infantis, como os olhos de um bandido, quem lhe deixou me olhar assim ? Tive medo de você, confesso, por quê você me deixava, deixava?, desconfortável, e tinha vontade de desconforto, de mudança, de você. Mas ainda assim era fácil, sem dor nenhuma, feito reggae em terra distante, feito um dia cinza e como veio fácil, fácil também se foi. Quem essa Gilda pensa que é, me falando em obtusos? Quem é essa Gilda que me olha pelas tangentes, que não me olha, que me evita os olhos, quem? Outras pessoas, assistindo àquela cena se questionaram se era possível que duas pessoas estivessem de tal forma ignorando ritmos, públicos, olhares e causando tal devastador incômodo, essas duas pessoas, nós, se perguntaram como poderia ser tão absolutamente coerente. O amor há de renascer das cinzas, das lembranças, de nós. Vamos celebrar as cinzas com amor, before you go.

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