21 de set. de 2015

Estado da Arte,

Minha poesia resvala
No nó dos seus dedos
Em torno dos meus
Reencontro com Deus
Paz na Fé
Você me faz melhor
Mulher
Não me deixa, 
Escuta essa queixa
Veja o meu medo
Me abraça, eu cedo.
Juro que seda, eu fumo
E não é o bastante
Não obstante 
Você me invade
Me arromba
Me arde.
O Amor então,
não cabe no fim da tarde.
Não cabe no alarde 
Da vã moralidade
Não cabe, não evade
Excede
É sede
Te amo. 

16 de set. de 2015

Lilás, aliás,

Seus olhos paravam num voo no vento feito beija-flor. E tinha essa capacidade de segurar por muito tempo um olhar, até que já não houvesse mais nada a segurar. Até que tudo estivesse escancarado, solto, seu. De muitas formas você era a mulher mais bonita que eu já havia visto. Os reflexos das luzes sobre a sua pele, o modo despreocupado como você andava. Seu jeito de lançar no mundo.Seus olhos vez ou outra paravam nos meus, curiosos. E você me perguntava coisas que eu não sabia responder.  E então você sorria, sorria do meu desconcerto. Do meu jeito arredio. Sorria também com os olhos, que voavam para outras paragens.Vi de longe teus olhos cortejando outras flores, e mesmo - depois - beijando-as.Não doeu te ver assim, sabia que não dava para segurar quem levava o vento embaixo das asas. Mas ainda te quis para mim, por alguns instantes, queria teus olhos nos meus, queria aqueles beijos, aquela liberdade que acessava pelas tuas asas, pela ligeireza dos seus encantos. Te roubei um beijo e pela primeira vez pude ver alguma surpresa, ou desconcerto em alguém que era tão desenvolta e elegante. Sorri e você me sorriu de volta. Ficamos assim. Você ficou em mim.

Picolé de Chuchu ;

Fria e Indigesta !