28 de nov. de 2013

Fel

Tudo que eu te dei foi mais fundo que esse seu oceano triste
Te dei toda poesia e os sons que você amou
Te dei a mão todas as vezes 
E ainda te daria fosse tempo
De dar o que não se tem
Posso te oferecer um chá e bolinhos envenenados
Com o que você fez do nosso laço
Você não é a mesma Alice, 
que me jurou amor eterno. 
Você é um pedaço do seu eterno
Looping de promessas desfeitas. 
Assim não há amor possível. 
E pra cada decepção que me oferece na ponta do seu punhal
Enquanto morro
Te ofereço esse vazio 
O frio inexistir
sem o seu socorro. 






Gilda morreu, fim. 

17 de nov. de 2013

Good day, sunshine.

O amarelo brilhante do meu velho quarto o cheiro de livros e doces e poeiras as coisas coloridas todas dispostas iluminando o amarelo absorvendo a luz compondo a poesia dos muitos finais de semana a primeira solidão concreta em muito tempo. O café antes do baba, as rugas a minha raiva que não tem cura e meus pesadelos os antigos e os novos. A poesia de uma manhã de domingo na companhia da minha Gal e a saudade de uma velha amiga e de uma nova me invadindo junto com o cheiro de café. Talvez seja por ter tomado indutores do sono e ter dormido pela primeira vez em quinze dias talvez por recuperar o velho hábito da leitura perdido nas psicologias muitas talvez por estar só no quarto domingo de manhã ou por sentir saudade de você. Talvez porque ainda há no que acreditar hoje eu acordei amarelo vibrante igual as paredes do meu velho quarto. Que embora vibrem sabem não sair do lugar e estar no meu mundo todo. 

Faz de conta que ainda é cedo,,,,,,,,,,,

11 de nov. de 2013

O pouco que sobrou

Primeiro perdeu um
E não doeu àquela altura
Depois outro 
Que feriu feito ouriço
E deu febre 
Depois mais um
Pelas costas, 
Enquanto dormia.
Depois, quando pensou que não mais perdia
A vida lhe disse, perda nunca é ganho
E lá se foi mais um.
Agora os que ficaram também estão indo embora
de avião, carro ou bolsa.
Todos se vão. 

Picolé de Chuchu ;

Fria e Indigesta !