28 de out. de 2010

Das memórias

Não era boa nesse lance de esquecer, quem vive na lama sabe o gosto que tem. E não esquece, sente saudade.

18 de out. de 2010

Final feliz.

E sorriu, olhava para ela embevecido, perguntando a si mesmo o que vira naqueles olhos vulpinos. Viu o mundo, concluiu. Quando ela, de olhos postos nele, perguntou o que havia, ele disse, siomplesmente :  Nada. E voltou-se para frente; Ela suspirou e voltou-se também para frente.
Era linda. Não so jeito superficial, era linda de verdade, era uma pessoa linda. Era virtuosa, humana, racional, tinha sangue nas veias e um jeito curioso de demonstrar afeto, calava.
Por isso não podendo beijar-lhe os lábios, beijava-lhe os olhos. Porque esses eram muito mais do que sua boca, silente, jamais seria. A queria para si, entre os braços, só para sentir o cheiro dos seus cabelos, para aspirar aquele cheiro que lhe invandia a memória cada vez que fechava os olhos. A quis, a quer. A quereria mesmo que ela não existisse, porque antes de amá-la, sonhou-a.  E ela cabia perfeitamente no seu corpo, nos seus pensamentos, na sua vida, outra não seria.

7 de out. de 2010

Leilão .

Quanto custa ser feliz ? Qual foi o maior lance ? Eu cubro !
Eu dobro, triplico. Faço qualquer negócio, aqui, ali, agora, desde que eu tenha você, leve você, te compre, te tenha aqui, pra sempre, ou até amanhã.
Vamos, por favor, eu só preciso ter você e mais nada. Nem casa, nem verso, nem música, você é a síntese de tudo.
Eu pareço desesperada ? É, devo parecer mesmo, é porque estou. Estou te vendo objeto-do-meu-desejo posto a venda, posto a venda por mim. Como eu pude te hipotecar ?
Então, amor, eu cubro, dobro, triplico, mas vem, volta.
Volta, amor, porque eu preciso de você para sorrir.
Volta amor, acredita amor. Acredita, porque eu - sem você - não sou nada.
Acredita, amor e me dá a mão. E vem comigo. Que eu te cubro de amor, eu te dobro de amor e eu triplico, amor, juro que sim, se você vier comigo.

Picolé de Chuchu ;

Fria e Indigesta !