No ronco da cidade uma janela assim acesa.
Acendem janelas no meu desejo,
Por isso não durmo bem,
Sonho tem [embora o sinta só]
Corro para Morfeu pedindo...
Arrego, mas a dor que carrego
Me assombra nas pálpebras
O desejo explode na contramão
Ainda não tem forma
Mas tem informe
Uniforme
Imensidão
Parece um suplício acordar do início do não
O sonho é o vício da rotina, a dor seu guidão
O desejo não
O desejo planta flores no submundo da devassidão
O desejo acorda o dia
que o sonho rouba em vão
Fico presa na contradição
De sonhar sonho só
De desejar pelo não
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