15 de out. de 2011

Imperfeição

Não quisera ser tão misógino, mas por interesses maiores o destino apalpou-lhe os cabelos e interessou-se por ele. Dissertaras sobre o universo, sobre as coisas em que confiava e nas quais acreditava. Esqueceu-se apenas de ser compreensivo e piedoso com o mal. E é esta bondade que lhe cerca as narinas ? Cadê o olfato cheio de suficiência de palavras sonorizadas gramaticalmente corretas e semblantes sobrepostos a oscilações ora rígidas e ora benevolamente simples? 
 Sobre estes passos o julgar do pensamento alheio sobrecai sobre tu, sim. Que esqueceu-se da manhã ensolarada para condenar a noite fria. Não defendo o erro, protesto o julgamento. O seu vácuo não existe por minha culpa. Nem ao menos cheguei ao presponto de perfeição que tentara-lhe muitas vezes, E a credulidade com a qual sempre te vejo aproximar-se, cheio de armas preparadas e postas a fogo, me lembra muitas vezes daquele pressentimento bem apertado ao braço chamado Estrela de Davi. Esquecerei apenas de que a você tudo pertence, no momento em que julga-se tão sóbrio. 
         Obrigada pela indigestão, é frio o não entender.
Rafael Sady.

Sabe, senhora, foi sobre mim. Mas bem que poderia ter sido sobre você.


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