Estava às margens de si, e à guiza de qualquer explicação. Estava em qualquer lugar e não queria nem isso, nem aquilo, queria o nada, o turbulento nada. Tudo estava desmoronando, o sol já havia se posto, os amigos despostos, depostos, indispostos. Os sorrisos desfeitos, a a pacata vidinha no interior de si morrera, não estava em paz com a própria dúvida, nem com a própria guerra, o conflito estava ali de novo, nem as roupas, nem os lenços, nem os brincos, bolsas ou sapatos, queria correr nua no mundo, numa estrada de chão, queria ser criança e comer o barro, encontrar o barro, ser criatriz, criatura, criação, queria e queria e nem sabia ao certo o que queria. A bagunça dentro e a bagunça fora, a bagunça pestilenta que a empurrava para precipícios e princípios. Queria tudo.
Bonito.
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