Tinha umas mãos assim frágeis, assim leves, mãos de tocar e sentir.
E como se desacostumada ao toque, minha pele ardia em brasas . Ignorando meu aviso complementar, ainda me tocava. Nunca me ouvia, mas não disse para parar outra vez, nem me afastei. Decidi que gostava das suas mãos. E ainda mais, gostava do seu toque.
Nunca me respondia nada concreto, por isso eu ia semeando mini-dores para que pelo menos nos seus ais houvessem alento. Mesmo que antes que cada Ai, silenciasse como quem ameniza a reação, mesmo que mesmo os ais fossem pensados e saíssem naquele tom frio e com aquele sorrisinhode escárnio.
Não consigo mais me concentrar em nada, concluo. Você está em tudo o que eu faço. E nesse silêncio cheio de descobertas. Devia estar cega todo esse tempo, que não te vi brilhando.
Para ler ouvindo : Amor meu grande amor - Angela Rô Rô.
Você vive me surpreendendo, menina. Perfeito.
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