5 de out. de 2008

Um soluço e a vontade de ficar mais um instante.

Passos lentos, uma espécie de marcha triste e silenciosa, interrompida vez ou outra por murmúrios " Era um bom, homem ! " ou um aperto forte nos braços cansados dos familiares " Seja forte...! ", e numa marcha fúnebre murmurada pelos constantes ventos e pelo choro constante chega-se ao destino.

Nós fazemos mais planos do que nossa vida, aparentemente, aceita. Do que o tempo dá .

A proposta da morte é tentadora, tempo, tempo, indolor, tempo.

Na volta os passos são rápidos, as conversas são quase animadas e se procurar bem você consegue identificar sorrisos .

A tristeza foi enterrada, a dor, os votos e todo o resto.

" . "


Muitas vezes criamos planos, fazemos planos, construímos toda uma vida que a vida se encarrega de nos fazer esquecer, e crescer parece ser uma aventura e se torna um conjunto de endurecimentos emocionais.
Crescer é aparar de sentir, então. Parar de sonhar é correr em torno de ideais mínimos de pequenas coisas e da acumulação de um " vil metal " .


Não condeno, portanto, os suicidas .

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