22 de mai. de 2010

Eu rabisco o sol que a chuva apagou.

Fechei os olhos - mas não sem antes espiar os dois lados - puxei o edredom até que este cobrisse todo meu corpo, e então, como não fazia há tempos, rezei.
Rezei todas as rezas que sabia, e depois inventei algumas, me perdi, troquei sílabas, palavras, frases inteiras e adormeci assim, rezando.
Acordei assustada, pedindo clemência ao silêncio, acordei esperando um abraço que não estava lá.
Chorei, e cada uma das lágrimas vertidas tinham um silêncio em si, a última, entretanto, tinha um abraço. Antes que ela se espalhasse pelo travesseiro, como as outras, a capturei com o indicador e levei-a aos lábios, sorvendo-a.
E cada parte de mim agora é abraço, o silêncio se foi com as lágrimas.

2 comentários:

  1. own. esse sabote-me lembrou nosso bRog que não vingou *-*



    (minha nova consciência diz:)
    FALE COMO HOMEM POHA_________________________


    oh, ok. tá lindo.
    amei o texto *-*
    Mas a lágrima era doce. Se eu não estivesse tão nilista, diria que até adoçara-me a vida ao ler tais palavras.



    bjundas, alaní!

    [eu = a vaca]

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  2. Porque tem lágrimas que vêm para o nosso bem (:

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Picolé de Chuchu ;

Fria e Indigesta !