15 de abr. de 2010

Dó sustenido.

De longe, através da janela, a vi formar-se,
E mesmo antes de vê-la, já sentia seu cheiro.
Depois a vi crescer e aproximar-se,
Quando saí ela caia em si bemol
Batendo no meu rosto, lavando a minha dor.
A princípio pensei ser uma carícia,
Depois descobri que era tapa.
Chorei, chorei, inundei a rua com minhas lágrimas
Chorei, até o choro sustenir-se,
E a chuva que chovia de mim lavou a rua
E a outra, lavou-me a alma.



Não solta da minha mão, não solta da minha mão.


Para : Rafael Sady e Ana Elisa.

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